sábado, 15 de dezembro de 2007

YOU KILL ME: OS RABUGENTOS SÃO OS MAIS LEGAIS



DIREÇÃO:
John Dahl

ELENCO:
Ben Kingsley
Téa Leoni
Luke Wilson
Bill Pullman


Não sei se esse filme já estreou no Brasil. Ou se vai estrear. Na verdade nem sei como ele surgiu no meu computador. Mas até que foi uma boa surpresa assisti-lo.

Em You Kill Me, Ben Kingsley interpreta Frank Falenczyk, um assassino profissional e um beberrão nas horas vagas. Devido seu leve problemas com o álcool, que o fazia tomar umas 15 garrafas de vodka por dia, ele acaba perdendo uma “entrega”(rá, to aprendendo as gírias do Poderoso Chefão) fundamental para os negócios da família. (Esqueci de mencionar que ele faz parte da família polonesa, mas tudo bem.) Então seu tio e chefe o manda para São Francisco para tratar do alcoolismo. Lá ele encontra Laurel, uma mulher perturbada que acaba se apaixonando.

O filme não chega a ser uma obra-prima, porém tem seu charme. Além desse bom pano de fundo, os personagens são muito bem construídos e originais. Ben e Teá Leoni (Lauren) têm uma química perfeita. Os dois são aquelas típicas pessoas que todo queria ser. Rabugentas e com um sarcasmo digno do Dr.Perry(quem assiste Scrubs sabe do que eu to falando.)

A trilha sonora também é um ponto positivo. Não sei explicar o tipo que é, mas posso dizer que são assaz divertidas e que se completa com o filme.

Acho que You Kill Me vai agradar a quem ver. O problema é que poucas pessoas irão assistir. Por isso não vou me alongar mais. Se por acaso um dia ele brotar no computador de vocês como brotou no meu, eu recomendo dar uma olhadinha nele.

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Metal: a headbanger´s Journey





DIREÇÃO: SAM DUNN







Se você acha que metal significa caras feios e barbudos que não tomam banho. Ogros que só vestem preto e balançam suas cabeleiras nem sempre bem cuidadas, quando o vocal de uma banda grita: METALLLLLLLLLLLLLL. Ou aquele gordinho com cara de assassino que senta atrás de você na escola e usa cinco vezes por semana a mesma camiseta surrada do Mega Death. Até que pode ter razão. Mas esse estilo musical não se resume a apenas isso. Envolve algo mais. Algo fantástico e viciante para os amantes do gênero. E é isso que o documentário Metal: a headbanger´s Journey quer passar ao espectador.

Antes de ver o filme, não sabia o que fazia do metal algo tão apaixonante. Sempre gostei das músicas. Claro que não de tudo. Bandas que retiram órgãos de cabrito em sacrifício a Satan costumam passar longe dos meus ouvidos. Mas um Iron, Metallica e derivados, sempre têm espaço no meu MP4. E foi por isso que resolvi assistir ao documentário. Para conhecer um pouco mais dessa cultura.

Metal: a Headbanger´s Journey, como já diz o título, conta a jornada de Sam Dunn.(o cara devia sofrer no colégio) Um antropólogo que pretende explicar o motivo do gênero ser tão questionado por quem não o conhece, e tão amado pela legião de fãs que fazem dele um estilo de vida.



Para mostrar de como o metal influencia na vida das pessoas, sendo de uma forma positiva para alguns e negativas para outros, Sam vai direto a raiz da questão. Ele coleta os mais diversos depoimentos daqueles que vivem e fazem o heavy metal. É isso que prende o espectador. Ídolos falando. Claro que se você não sabe quem é Dio ou Alice Cooper, talvez não deva assisti-lo. Mas para quem realmente é fã, daí é um prato cheio.

Poder ver Rob Zombie falando dos primórdios do estilo e que tudo depois do Black Sabbath é cópia. Do Dio explicando como inventou os dois dedos que representam os chifrinhos. E do Lemmy contando que onde nasceu o ponto de encontro da galera era uma cabine telefônica, porque era a única fonte de luz em toda a cidade, é algo único para os headbanger´s.

Sem falar nas outras divertidas e bizarras entrevista do filme. Você já ouviu falar de Mayhem? Eles também proporcionam boas risadas. Os caras são considerados o grupo mais controverso do metal. Para começar, o primeiro vocalista da banda estourou os miolos com uma escopeta, e seus companheiros fizeram pequenos colares com os pedaços do crânio. Opa, algo mais honroso que isso não existe. Mas o que me fez escrever sobre eles, foram mesmo seus depoimentos. Uma das coisas mais estranhas que já á vi.



Alice Cooper é outro que dá um show à parte. O cara é muito engraçado. Sempre dá uma tiradinha sarcástica. Principalmente quando o assunto é black metal. Daí ele esculacha.

Alice Cooper
- Adoro ir para a Dinamarca e Noruega. Porque é tão divertido olhar as revistas de black metal. É tão grotesco. Cada banda tenta ser mais maléfica que as outras. Não posso folhar elas sem dizer aos risos” olhe essa” E ai aparece cinco rapazes com rosto pintados e pose de mal. Só que quando você encontra esses mesmos guris fazendo compras com suas mães no shopping, já muda para algo assim: “Olá Sr. Cooper, como esta? Encantado de conhecê-lo. Minha mãe está por ai, poderia me dar o seu autografo?”

Todas essas entrevistas fazem o filme ser bem legalzão. Além da boa música, histórias hilárias e um monte de gente famosa. É uma boa oportunidade para aprender um pouco mais sobre o heavy metal.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

DESBRAVADORES



ELENCO EM DESTAQUE:
Karl Urban
Moon Bloodgood
Russell Means

DIREÇÃO:
Marcus Nispel




Simplesmente um lixo. Perca de tempo total. Sem falar na difamação de uma das maiores e mais barbudas civilizações lutadoras que já pisou na Terra. Desbravadores(Pathfinder) vai contra tudo o que você já ouviu falar dos vikings. Achava que eram grandes lutadores providos de coragem? Que apesar de um povo saqueador, prezava a vida dos companheiros? Que a estratégia era um dos seus pontos fortes? O filme despreza todos esses fatos históricos e faz uma piada para os amantes da cultura nórdica.

Karl Urban vive um garoto viking que é o único sobrevivente de uma sangrenta batalha de navios, na América do Norte. Criado por índios nativos, ele se torna parte de uma tribo, convivendo normalmente na sociedade, mesmo eles sabendo do sangue que ele carrega. Quinze anos se passam e seu antigo povo volta a explorar as mesmas terras para tentar domina-las. Cabe então ao jovem índio-nórdico salvar sua nova família.

A história já batida, de um jovem que tem de lutar contra seu povo cruel para salvar os bonzinhos e blá blá blá, não é a única coisa ruim de Desbravadores. As cenas de ação são dignas de Rambo e Chuck Norris. É impossível de engolir como um garoto que é criado por uma civilização pacífica consegue enfrentar sozinho uma horda de vikings. O cara parece que teve treinamento especial do B.O.P.E. Faz milhões de armadilhas de uma hora para outra e brande uma espada como se fosse o Aragorn. Só um detalhe, ele nunca tinha lutado com ninguém antes. Mas sabem como é, né. O sangue lutador dos seus antepassados corre em suas veias. Claro. A explicação mais plausível que poderia vir na cabeça dos produtores.



Os cortes também contribuem para piorar as cenas de luta. O enquadramento não ajuda. Fica muito próxima a ação, dificultando a visão e a compreensão do que está acontecendo. E a tentativa de baixa iluminação para tornar o filme mais atraente, acaba piorando tudo. Quase não se da para ver os movimentos dos atores e dos ambientes.

Mas o pior de tudo é mesmo as atitudes dos vikings. Não me conformei ainda com isso. Fizeram deles uns burros traidores que caem em qualquer pegadinha do herói. Nunca vi um viking(nunca vi mesmo) ser otário o bastante para querer caminhar em gelo fino. De uma simples pedrada fazer um estrago no desfiladeiro. De não terem inteligência para seguir a trilha mais obvia e não ter de precisar ir atrás do mocinho para acabar logo com tudo.

Então sejam vikings e destruam as cópias de Desbravadores quando virem uma. Não façam a barba por uns dois meses, comprem um machado e um elmo no Amazon,com, e invadam sua locadora para acabar com esse desrespeito que fizeram com eles . E com nós. Pois todos têm um lado viking escondido. Seja por gostar de gritar ahrrrrrrrrrrr a qualquer hora, ou poder se casar com várias mulheres e não ser preso.