terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Metal: a headbanger´s Journey





DIREÇÃO: SAM DUNN







Se você acha que metal significa caras feios e barbudos que não tomam banho. Ogros que só vestem preto e balançam suas cabeleiras nem sempre bem cuidadas, quando o vocal de uma banda grita: METALLLLLLLLLLLLLL. Ou aquele gordinho com cara de assassino que senta atrás de você na escola e usa cinco vezes por semana a mesma camiseta surrada do Mega Death. Até que pode ter razão. Mas esse estilo musical não se resume a apenas isso. Envolve algo mais. Algo fantástico e viciante para os amantes do gênero. E é isso que o documentário Metal: a headbanger´s Journey quer passar ao espectador.

Antes de ver o filme, não sabia o que fazia do metal algo tão apaixonante. Sempre gostei das músicas. Claro que não de tudo. Bandas que retiram órgãos de cabrito em sacrifício a Satan costumam passar longe dos meus ouvidos. Mas um Iron, Metallica e derivados, sempre têm espaço no meu MP4. E foi por isso que resolvi assistir ao documentário. Para conhecer um pouco mais dessa cultura.

Metal: a Headbanger´s Journey, como já diz o título, conta a jornada de Sam Dunn.(o cara devia sofrer no colégio) Um antropólogo que pretende explicar o motivo do gênero ser tão questionado por quem não o conhece, e tão amado pela legião de fãs que fazem dele um estilo de vida.



Para mostrar de como o metal influencia na vida das pessoas, sendo de uma forma positiva para alguns e negativas para outros, Sam vai direto a raiz da questão. Ele coleta os mais diversos depoimentos daqueles que vivem e fazem o heavy metal. É isso que prende o espectador. Ídolos falando. Claro que se você não sabe quem é Dio ou Alice Cooper, talvez não deva assisti-lo. Mas para quem realmente é fã, daí é um prato cheio.

Poder ver Rob Zombie falando dos primórdios do estilo e que tudo depois do Black Sabbath é cópia. Do Dio explicando como inventou os dois dedos que representam os chifrinhos. E do Lemmy contando que onde nasceu o ponto de encontro da galera era uma cabine telefônica, porque era a única fonte de luz em toda a cidade, é algo único para os headbanger´s.

Sem falar nas outras divertidas e bizarras entrevista do filme. Você já ouviu falar de Mayhem? Eles também proporcionam boas risadas. Os caras são considerados o grupo mais controverso do metal. Para começar, o primeiro vocalista da banda estourou os miolos com uma escopeta, e seus companheiros fizeram pequenos colares com os pedaços do crânio. Opa, algo mais honroso que isso não existe. Mas o que me fez escrever sobre eles, foram mesmo seus depoimentos. Uma das coisas mais estranhas que já á vi.



Alice Cooper é outro que dá um show à parte. O cara é muito engraçado. Sempre dá uma tiradinha sarcástica. Principalmente quando o assunto é black metal. Daí ele esculacha.

Alice Cooper
- Adoro ir para a Dinamarca e Noruega. Porque é tão divertido olhar as revistas de black metal. É tão grotesco. Cada banda tenta ser mais maléfica que as outras. Não posso folhar elas sem dizer aos risos” olhe essa” E ai aparece cinco rapazes com rosto pintados e pose de mal. Só que quando você encontra esses mesmos guris fazendo compras com suas mães no shopping, já muda para algo assim: “Olá Sr. Cooper, como esta? Encantado de conhecê-lo. Minha mãe está por ai, poderia me dar o seu autografo?”

Todas essas entrevistas fazem o filme ser bem legalzão. Além da boa música, histórias hilárias e um monte de gente famosa. É uma boa oportunidade para aprender um pouco mais sobre o heavy metal.

2 comentários:

Jonatas Feitosa disse...

Bem cara, não tenho nada contra o metal...mas não curto muito esse estilo.

abraço.

Johnny M. disse...

Os headbanger formam uma verdadeira seita e são os fanáticos por excelência. Não discrimino, não tenho preconceito, mas não gosto do som do heavy metal, prefiro o punk.